Resenha: Will & Will





Título: Will & Will
Subtítulo: Um nome, um destino
Autor(es): John Green e David Levithan
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501093882
Páginas: 352
Ano: 2013
Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.


Esse livro foi cedido pelo Grupo Editorial Record.
Quando começo a ler um livro sem nenhuma expectativa de que vai ser uma experiência bacana e consigo terminar ele tão satisfeita e arrependida por não ter dado atenção pra ele logo de cara, fico sem saber como começar a falar sobre ele.

Em Will & Will conhecemos dois protagonistas que apesar de carregarem o mesmo nome, tem vidas totalmente diferentes em todos os sentidos, tanto no ambiente familiar como na escola e com os amigos, e que nunca pensaram em encontrar alguém com o nome igual, até que em uma noite em que tudo parece muito errado para ambos, seus caminhos se cruzam e, a partir daí, a vida deles se transforma porque eles começam a enfrentar seus medos e parar de usar suas fachadas de proteção contra relacionamentos, algo típico de quase todos os adolescentes. 
- Você pode confiar na ideia de que gostar de alguém, como regra, acaba mal. 
O que é verdade. Gostar não leva ao sofrimento de vez em quando. Leva sempre.
Páginas 27-28
todo mundo na nossa escola tem atividades extraclasse.
a minha é ir pra casa.
Página 37
Acho que o ponto forte do livro foi não ficar preso apenas aos conflitos dos protagonistas, mas abrir espaço para os outros personagens. O que eu mais gostei, foi Tiny Cooper, porque ele acaba se destacando tanto quanto os protagonista, é o melhor amigo de um Will, mas transforma o modo de pensar dos dois. Acabei o livro com a sensação de que Tiny foi mais protagonista do que os dois durante a história e que com certeza sem ele, essa história não seria tão bacana. Tiny é gay assumido e totalmente fora dos padrões de beleza da sociedade, mas sabe usar tudo isso ao seu favor, quer ver sempre as pessoas ao seu redor felizes. Além dele, gostei de Jane e Gideon pela simplicidade da personalidade de ambos e como cresceram junto com os protagonistas que estão ligados no decorrer da trama.
O que foi? Tiny, qual é o problema? 
- Não há nenhum problema. Está tudo certo. As coisas não podiam estar mais certas. Podiam ser menos cansativas. Menos agitadas. Menos cafeinadas. Mas não podiam ser mais certas.
Página 212
A relação dos pais dos Will's com seus filhos me emocionou, por um motivo bem simples ela é cheia de amor. Um amor que aceita, um amor que compreende, um amor que se sacrifica... amor que só quem tem filhos, vai realmente entender o que estou falando. São pais que se doam para os filhos, se preocupam muito com a rotina deles, mesmo que não sufoquem com auto-proteção - o que eu entenderia no caso de um deles por ser depressivo - e simplesmente estão lá dizendo as coisas certas, nas horas certas. Quem me conhece, sabe o quanto eu sou coruja - essa corujice se estende aos meus sobrinhos também - e o quanto isso mexe comigo.
- Você é o nosso iate, companheiro. Sabe todo aquele dinheiro que teria ido para um iate, todo o tempo que nós teríamos passado viajando pelo mundo? Em vez disso, tivemos você. O iate acabou sendo um simples barco. Mas você... você não pode ser comprado a crédito, e não pode ser abatido do imposto de de renda. Tenho tanto orgulho de você que acabo tendo orgulho de mim. Espero que você saiba disso.

Página 253
O livro não é apenas um romance gay, é um romance adolescente que aborda algumas das inseguranças e medos que adolescentes carregam, sejam eles homossexuais ou não como o medo de se relacionar e amar alguém, de fazer amizades e ser aceito na sociedade. Por isso me arrisco a dizer que é mais do que um livro jovem, é um livro que merece ser lido por adultos também, principalmente pais porque a gente pode esquecer que já passou por algo similar na vida.
Não muito inteligente. Não muito bonito. Não muito legal. Não muito engraçado. Esse sou eu: não muito.
Página 219
(...)o amor está ligado à verdade. Penso neles como gêmeos tristemente unidos.
Página 148
A narrativa é totalmente em primeira pessoa pela ponto de vista dos dois Will's, intercalando entre um e outro e para diferenciar um do outro, a narrativa de um deles é totalmente em letras minúsculas. A linguagem utilizada é a mais jovem possível, contando inclusive com alguns palavrões em alguns diálogos, portanto fica o aviso, se você não consegue lidar com isso na vida real, nem comece esse livro. A diagramação é simples, com páginas amareladas e fonte bem confortável para leitura. 
"O amor é o milagre mais comum."
Página 329
Mais do que recomendado, praticamente uma leitura obrigatória em tempos que as relações estão sendo revistas e o amor precisa ser repensado, afinal o importante é amar a todos e respeitá-los independente de suas escolhas.

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