Resenha: A Biblioteca Perdida do Alquimista, de Marcello Simoni




Título: A Biblioteca Perdida do Alquimista
Trilogia: O mercador de relíquias vol. 2
Autor(a): Marcello Simoni
Editora: Jangada
Páginas: 368
Ano: 2013
Skoob | GoodReads
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Primavera de 1227. A Rainha Branca de Castela desaparece de forma misteriosa. Estranhos rumores se espalham pelo reino e alguns falam de uma intervenção diabólica. A única pessoa que pode resolver o enigma é o mercador de relíquias Ignazio de Toledo, conhecedor de ciências herméticas e notável por sua capacidade de resolver mistérios antigos. Em Córdoba, onde Ignazio foi convocado, ele encontra um velho mestre, que fala de um livro que todos procuram e que pode dar pistas sobre o desaparecimento - o lendário Turba Philosophorum, um raro manuscrito atribuído a um discípulo de Pitágoras e que preserva o expediente alquímico mais cobiçado do mundo. Porém, no dia seguinte, o mestre é encontrado morto, envenenado. A busca de Ignazio começa imediatamente. O encontro, em seguida, com uma freira e um homem considerado por todos um possuído, conduz Ignazio ao castelo de Airagne e a um misterioso homem, o Conde de Nigredo. Nesse local se oculta um terrível segredo, mas não será fácil sair dali com vida depois que ele for descoberto...

Eu tenho uma paixão enorme por livros que envolvam teorias de conspiração, principalmente quando tem algo religioso no meio por isso quando vi que a sinopse e a capa remetiam a algo nesse rumo, fiquei curiosíssima para conferir.

O livro começa quando o mercador Ignazio de Toledo, junto de seu filho Uberto e seu amigo Willalme é convocado pela corte para desvendar o misterioso sequestro da Rainha Branca de Castela e encontra um velho conhecido Galib que deixa subentendido que o mistério pode ir muito além de um simples desaparecimento da rainha e que outros interesses podem estar por trás desse desaparecimento. Para tudo ser desvendado, eles ficam encarregados de encontrar um artefato lendário denominado como Turba Philosophorum que pode ser fundamental para derrotar o inimigo mortal, o temido Conde de Nigredo.

- Entendo apenas uma coisa, minha senhora: se a Igreja persegue os perfeitos, é porque tem medo deles.
Página 91

Apesar desse ser o segundo livro da trilogia O mercador de relíquias, não é encontrada nenhuma referência sobre isso na capa, contracapa ou lombada do livro. Cheguei até a ler as orelhas minuciosamente atrás dessa informação e não encontrei quando fui marcá-lo no GoodReads e descobri isso. A partir daí, muitas coisas que inicialmente não faziam sentido durante a leitura ficaram compreensíveis. Mesmo sendo uma história independente com começo, meio e fim nesse livro, a construção da relações dos personagens que possivelmente se inicia no primeiro livro, é meio confusa e isso me fez ler alguns trechos iniciais mais de uma vez para poder me situar melhor na história.

Sem dúvida isso foi uma parte do motivo de eu ter ficado um pouco perdida no início do livro, já que não conseguia me conectar aos personagens e aos lugares, mas por volta da página 50 isso começou a se resolver e a leitura se tornou muito mais ágil do meio do livro em diante já que o autor sabe construir situações que me deixaram curiosa para descobrir, mas não chegou a ser tudo o que eu esperava.

Ignazio é um protagonista tão enigmático quanto a sua investigação que tem um certo bloqueio em demonstrar afeto as pessoas próximas dele e percebemos isso quando acompanhamos seu filho e ele relembra um pouco da relação deles, de como ele e a mãe são tratados pelo pai. Isso foi um bem triste pra mim que sou extremamente maternal mesmo que não tenha sido algo muito trabalhado pelo autor. Isso foi sem dúvida algo que me prendeu mais do que o mistério em si porque eu queria saber a qual caminho isso levaria os personagens.

- Quem eram os soldados? Por que queria lhes fazer mal?
- A crueldade e a violência não precisam de motivos.
Página 254

Apesar dos pontos negativos, a trama tem toda a ação e suspense que a sinopse promete, mas foi suficiente para me distrair e envolver, o que faz valer a pena a leitura. Indico para quem gosta do gênero e pretende se arriscar. A diagramação é muito boa com fontes confortáveis e folhas amareladas, a capa a editora manteve a mesma da versão original que é bem bonita.

Espero que tenham curtido, até a próxima pessoal.

Esse livro foi cedido para resenha pelo Grupo Editorial Pensamento.

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