Resenha: Esconda-se, de Lisa Gardner




Título: Esconda-se
Autor(a): Lisa Gardner
Editora: Novo Conceito
Páginas: 400
Ano: 2013
Skoob | GoodReads
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Uma mulher que foi obrigada a fugir — desde criança — de uma possível ameaça. Uma ameaça que seu pai via em todo lugar, mas que a polícia nunca considerou. Um antigo e desativado sanatório para doentes mentais que pode ter muito mais a esconder entre suas paredes do que homens e mulheres entorpecidos por remédios. Uma história de rancor entre membros de uma mesma família que nunca conseguiram superar os episódios de violência doméstica que presenciaram. Um pingente que foi parar em mãos erradas — e a cena de um crime brutal: seis meninas mortas e mumificadas há mais de trinta anos. Agora, cabe à famosa detetive D.D. Warren descobrir quem foi o serial killer que cometeu esta atrocidade e que motivação infame deformou sua mente. Acompanhe D.D. Warren na solução de mais este complexo caso e encontre o inimaginável que está por trás de pessoas aparentemente comuns!


Esconda-se foi para mim um daqueles livros que você tem tanta certeza que vai amar, que acaba não se apegando tanto a ele. Não que ele seja ruim, mas deixou a desejar em alguns pontos e já já falarei sobre eles.

- Mas eu estou com medo!
- Quietinha. Você é novinha demais para saber o que é medo. É para isso que servem os papais.
Página 7


Já imaginou passar mais 25 anos fugindo de uma ameaça desconhecida porque seu pai simplesmente se tornou especialista em fugir? Ou pior, ser treinada para se defender e não saber os reais motivos por trás disso já que seu pai desde a infância lhe diz que o papel de se preocupar é dele e não seu? Pois é exatamente isso que acontece com uma das personagens desse livro e quando são encontrados seis corpos de crianças em um hospital psiquiátrico desativada, ela começa a tentar realmente entender não só como ela pode estar ligada a isso tudo, mas no que seu pai escondia de tão aterrorizante.

Quando somos crianças, precisamos que nossos pais sejam onipotentes, um poderoso símbolo de autoridade que sempre vai garantir a nossa segurança. Então, quando somos adolescentes, precisamos que nossos pais tenham defeitos, porque esta parece a única maneira de construirmos a nós mesmos, de nos libertarmos. Estou com 32 anos hoje. E, na maior parte do tempo, preciso pensar que meu pai era louco.
Página 65

Enquanto o primeiro livro que li da autora Viva para contar foi um dos melhores que li em 2012, esse deixou muito a desejar em 2013. Não que o livro seja ruim, mas também não foi espetacular, não parecia que era a mesma detetive que eu li no outro livro por isso procurei encarar que ela já estava mais madura no outro que seria o quarto da série e esse o segundo.

A narrativa é tanto em primeira como em terceira pessoa. Nos capítulos dos detetives Bob DodgeD.D. Warrern em terceira e nos da Annabelle em primeira, mesmo com essa diferença não é difícil se envolver com os personagens e para mim as mudanças de narrativa torna a leitura mais rápida porque fico sempre ansiosa para ver o personagem anterior novamente. A única coisa que senti falta foi de uma maior participação da D.D. afinal a série é sobre ela, mas não compromete a história.

Uma conclusão que cheguei depois de muito pensar e trocar ideias com a Thalita (colunista aqui do blog) é que dificilmente eu teria vontade de prosseguir com a série da D.D. se começasse por esse livro porque ela aparece muito pouco ao longo da história e não passa nem perto da investigadora fantástica que apareceu no outro livro que li, mas não seria impossível. O final também deixou um pouco a desejar para mim, acredito que a autora poderia ter solucionado melhor as coisas, afinal li mais de 400 páginas com imensa vontade de me deparar com um final detalhado e me frustrei.

A diagramação seguiu o padrão dos outros livros dela publicados no Brasil e não encontrei erros de ortografia durante a leitura, algo que torna sem dúvida a leitura mais frenética e agradável. Recomendo principalmente para quem ainda não leu nada da autora e quer conhecer seu trabalho, já que os outros livros vem depois desse e pelo menos pra mim, a escrita de Viva para contar é bem melhor. Também acho que quem já leu algo dela, não pode deixar de ler esse, mas já se prepare para uma possível frustração.

Agora estou ansiosa para ler o único dela que me aguarda na estante e espero uma experiência tão boa com ele quanto foi com os outros. 

Alguém aí já leu? Gostou? Odiou?

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Novo Conceito.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

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