Eu lutei para não escrever esse textão, mas ele ficou aqui martelando na minha mente por dias. O principal motivo foi ver tanta gente reclamar de 2015 e achar que eu realmente devia agradecer pelo ano. (Não que isso vá mudar a vida de alguém, rs.)
Foi um ano cheio de desafios, a maioria deles não foi possível enfrentar sem choro e todos trouxeram algum tipo de aprendizado. Foi um ano que eu tive que me redescobrir, que eu tive que recomeçar, que eu tive que lembrar como é fazer algo única e exclusivamente por estar com vontade e não pensar na consequência. Foi uma virada como mãe, uma virada como ser humano.
Arrisco dizer que foi o ano que mais aprendi com as adversidades, até mais do que o fatídico ano de 2000 em que perdi minha mãe. E esse ano eu não perdi ninguém para a morte, mas diversas pessoas partiram da minha vida antes mesmo dele começar. Partiram por não entenderem meu “sumiço”, mas esqueceram que eu poderia precisar de um abraço, apenas se foram e nunca deram indícios de que pretendiam voltar, nem eu insisti. Afinal eu escolhi enfrentar tudo da maneira mais reclusa possível, envolvendo o menor número de pessoas. Eu não quis dividir o fardo, não achava certo. E também acredito que ninguém fica na nossa vida mais do que o tempo que realmente precisa ficar para nos ensinar algo. Nunca mais e nem menos tempo, só o necessário.
Em 2015, “deixei de lado” esse espaço aqui que eu tanto amo. Eu não tive escolha, os meses foram passando, eu não achava nada bom em mim para compartilhar aqui. Até ensaiei um retorno, mas tive que antecipar outros planos e ele ficou aqui me esperando voltar mais uma vez. Assumo que não consegui fazer com que a faculdade não me consumisse o restinho de tempo que me faltava. E eu sofri sim vendo ele parado, sofri quando me mandavam mensagens perguntando, só não tinha como fazer diferente. Por isso, me desculpem de coração.
Quando 2014 estava encerrando, eu não tinha nenhuma certeza, não tinha nem metas. Comecei 2015 sem planos, ia deixar acontecer e lutar contra aqueles desafios que fizeram o final de 2014 encher meu coração de incertezas, afinal nem sabia se eu ia ter a oportunidade de finalizar mais um ano.
Graças as conquistas de 2015, posso ter metas para 2016. Graças as lágrimas de 2015, tenho fé que terei um 2016 melhor, já que eu sou agora uma pessoa melhor.
Desejo que em 2016 todos tenham paz, amor e serenidade para os desafios. Desejo também que tenham muito o que comemorar.
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