Resenha: Um mundo brilhante




Título: Um mundo brilhante
Autor: Tammy Greenwood
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788563219411
Ano: 2012
Número de páginas: 336

Quando o professor Ben Bailey sai de casa para pegar o jornal e apreciar a primeira neve do ano, ele encontra um jovem caído e testemunha os últimos instantes de sua vida. Ao conhecer a irmã do rapaz, Ben se convence de que ele foi vítima de um crime de ódio e se propõe a ajudá-la a provar que se tratou de um assassinato. Sem perceber, Ben inicia uma jornada que o leva a descobrir quem realmente é, e o que deseja da vida. Seu futuro, cuidadosamente traçado, torna-se incerto, pois ele passa a questionar tudo à sua volta, desde o emprego como professor de História, até o relacionamento com sua noiva. Quando a conheceu, Ben tinha ficado impressionado com seu otimismo e sua autoconfiança. Com o tempo, porém, ela apenas reforçava nele a sensação de solidão que o fazia relembrar sua infância problemática. Essa procura pelas respostas o deixará dividido entre a responsabilidade e a felicidade, entre seu futuro há muito planejado e as escolhas que podem libertá-lo da delicada teia de mentiras que ele construiu. Esta, enfim, é uma história fascinante sobre o que devemos às pessoas, o que devemos a nós mesmos e o preço das decisões que tomamos.
Minha opinião:
Fiquei ansiosa por esse livro desde que a Editora Novo Conceito divulgou a capa e a sinopse desse livro e quando recebi o livro, as expectativas se elevaram. Admito que esperava uma história diferente por conta da sinopse, mas a que encontrei não me decepcionou.
O livro nos trás como protagonista Ben Bailey, um homem frustrado pela consequência de suas escolhas e que vive, digamos, fugindo de seus compromissos, mesmo quando isso não é necessário. Seu relacionamento com Sara é desgastado e nenhum dos dois consegue entender porque e quando chegaram aquele momento tão difícil. Além disso, ele é frustrado como professor, profissão que sonhara por tanto tempo e que percebeu, anos mais tarde, não ser tão gratificante assim.
Em uma manhã em que Ben já está conformado com o rumo que suas escolhas trouxeram para sua vida, acontece um fato inesperado: encontra um jovem caído em frente sua casa, com sinais de que foi agredido. Seria apenas um fato corriqueiro se ele não conhecesse o jovem e soubesse que aquilo não se encaixa em seu perfil sereno e pacato.
Durante a descoberta de quem aquele jovem era, sua família e suas raízes, Ben se entrega as lembranças de seu passado e de perdas que sofrera ainda jovem, que envolvem o leitor em sua estória e em como ele foi levado a fazer suas escolhas de forma cômoda e descomprometida até ali. Tudo isso faz com que Ben deseje ser um novo homem, que deseje mudar suas convicções e isso o faz ter que tomar novas decisões, fazer novas escolhas que podem mudar o rumo de sua vida e da vida de quem o rodeia.
Acredito quem em algum momento do livro ele se tornou um novo homem, não com esperanças renovadas, mas com novas percepções da vida. Ele conseguiu enxergar o que não via antes ou apenas não quis admitir, mas estava ali diante dele todo tempo.
E é envolto a essa mistura de sentimentos que o leitor se envolve em uma trama complexa, com estórias paralelas e envolventes. Não consegui gostar de Sara, achei ela sórdida demais para conseguir 'prender' o homem que amava, mas entendi mesmo não aceitando todas as escolhas do protagonista.
A reflexão mais gritante no livro para mim, é o fato de que a vida nos leva a fazer escolhas que não queremos para nos redimir de coisas que não devíamos ter feito. Uma escolha errada, te empurra para outra.
Apesar da narrativa ser totalmente em terceira pessoa, me senti muitas vezes envolvida nos sentimentos de Ben e angustiada com ele em várias situações, isso normalmente acontece em escritas em primeira pessoa. Tudo isso deve ser efeito da escrita leve e envolvente de Tammy  Greenwood que sabe como envolver o seu leitor. Todos os personagens são muito bem encaixados no contexto e tem seus finais definidos, mesmo que não seja da forma esperada pelo leitor. O final poderia ter sido melhor, mas foi aceitável para mim de acordo com tudo que acontece até o desfecho.
Se você, gosta de um bom drama cheio de sentimentos divergentes, além de um mistério para resolver e com um final inusitado, esse livro é um prato cheio para você, se não, não aconselho a se arriscar nessa leitura pois pode ser decepcionante.

Quotes
E, ao mesmo tempo se sentiu feliz por eles e decepcionado consigo mesmo. Triste por aquilo que não tinha e por aquilo que nunca viria a sentir. (Página 294)
Como ela não poderia saber o que já havia feito por ele? Como não poderia saber que ela era a única pessoa em que ele pensava, a única coisa que importava, o único aspecto verdadeiro em sua vida, agora que tudo havia ficado para trás? (Página 314)

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