Resenha: Presentes da Vida



Título: Presentes da Vida
Autora: Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788563219947
Ano: 2012
Número de páginas: 383
Skoob | Primeiro Capítulo
Darcy Rhone sempre teve todos os homens aos seus pés. Tinha um emprego glamouroso, um seleto círculo de amizades e um noivo perfeito, Dexter Thaler. No entanto, tudo mudou quando Darcy se envolveu com o melhor amigo de seu noivo... Seu noivado acabou e perdeu sua melhor amiga, Rachel.
Incapaz de assumir responsabilidades e de enfrentar todo esse mal-estar, Darcy foge para Londres, para a casa de um amigo de infância, imaginando que poderia passar uma borracha em tudo isso. Mas, para seu desânimo, Londres se torna um mundo estranho, onde seus truques de sedução não mais funcionam e onde sua sorte parece ter se evaporado. Sem amigos nem família, Darcy precisa dar novo rumo à sua vida e, assim, começa uma linda trajetória rumo ao crescimento e ao amor.
Minha opinião
Esse é o terceiro livro da autora - porém primeiro em parceria com a Editora Novo Conceito - que eu leio e agora posso falar sem dúvidas que ela é minha autora favorita do gênero. Depois de ler Questões do Coração e Ame o que é seu, não imaginava quantas surpresas a escrita dela ainda me reservava já que todos os livros tem como tema principal a traição.
E mais uma vez, fui convidada pela autora a refletir sobre as nuances de uma relação que levam a uma traição. Muitas pessoas me recomendaram ler O noivo da minha melhor amiga, que também tem o filme homônimo baseado no livro, antes de iniciar essa leitura por conta dos spoilers que tem dele em Presentes da Vida, mas eu não me contive e li antes já que não arrumei pra comprar nem emprestado. Por isso já deixo você leitor, avisado a esse respeito. Não me arrependi da leitura em nenhum momento, afinal a autora não faz livros dependentes um do outro e é possível acompanhar a estória sem sentir perdido ou falta de alguma situação, ela sabe detalhar brevemente o que aconteceu no outro livro.
Aqui conhecemos a versão dos fatos na visão de Darcy, a noiva traída e abandonada que é uma mulher fútil e egoísta que não consegue enxergar o mundo além de si mesma, só vê que foi traída e enganada sem admitir os erros que ela própria cometeu e que colaboraram para que tudo isso acontecesse.
Em meio a esse e tantos outros conflitos que acontecem em sua vida, Darcy se vê obrigada a repensar seu modo de agir, suas companhias e tudo mais que a envolve. E mesmo sabendo o quanto ela é superficial e materialista você acha que ela pode mudar? Confesso que eu inicialmente achava que não, mas fui envolvida pela narrativa envolvente e cativante da autora e permiti que ela me mostrasse perfeitamente todos os ângulos da personagem e me envolvi com ela ao ponto de sentir suas emoções e torcer para que ela se encontrasse sem odiá-la em nenhum momento. Isso é possível também pela narrativa ser toda em primeira pessoa, isso nos ajuda a ter uma empatia enorme pela protagonista, mesmo quando achamos que não devíamos.
Ethan, amigo de Darcy, foi o personagem que mais me chamou a atenção, não pelo fim do livro mas por tudo o que ele fez para ajudá-la a se tornar uma pessoa melhor com seu jeito sensato e a habilidade de falar a coisa certa na hora mais apropriada. Sem ele com certeza, a protagonista não acordaria para a vida.
Em um momento em que é tão difícil acreditar que as pessoas podem mudar se quiserem, Presentes da Vida nos traz uma perspectiva totalmente nova sobre o ser humano e a sua complexidade diária, desafios e outras tantas coisas que nunca paramos para reparar. Vale muito a pena ser lido, mas meu preferido da autora ainda é Ame o que é seu.

Quotes
Eu era a menina bonita com notas medianas. Rachel era a menina inteligente com uma beleza mediana. De repente, eu me via sentindo um pouco de inveja e desejando ter, também, grandes ideias e palavras importantes. (Página 11)
Três semanas atrás, eles eram as pessoas que eu mais conhecia. Minha melhor amiga e meu noivo. Agora eles pareciam estranhos ou alguma pessoa conhecida que eu não via há anos. (Página 102)
Nesse momento, normal era a palavra mais maravilhosa da língua. Minha filha não precisava ter a minha beleza. Ela não precisava ser extraordinária em nada. Eu só queria que ela fosse saudável. (Página 274)

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