Título: Cuco
Autor(a): Julia Crouch
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581630229
Número de páginas: 464
Ano: 2012
Skoob | Mais informações
Polly é a mais antiga amiga de Rose. Então quando ela liga para dar a notícia que seu marido morreu, Rose não pensa duas vezes ao convidá-la para ficar em sua casa. Ela faria qualquer coisa pela amiga; sempre foi assim. Polly sempre foi singular — uma das qualidades que Rose mais admirava nela — e desde o momento em que ela e seus dois filhos chegaram na porta de Rose, fica óbvio que ela não é uma típica viúva. Mas quanto mais Polly fica na casa, mais Rose pensa o quanto a conhece. Ela não consegue parar de pensar, também, se sua presença tem algo a ver com o fato de Rose estar perdendo o controle de sua família e sua casa. Enquanto o mundo de Rose é meticulosamente destruído, uma coisa fica clara: tirar Polly da casa está cada vez mais difícil.Minha opinião
Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Novo Conceito.
Rose é uma mulher doce, com uma família equilibrada e feliz mesmo que construída com alguns imprevistos como a chegada inesperada da sua segunda filha Flossie que deu uma balançada em seu casamento. Ela e Gareth tem uma relação muito calma e serena até que Polly uma amiga de infância dela, telefona avisando que ficou viúva. Rose, mesmo sabendo o quanto seu marido não gosta da amiga, oferece apoio e morada para a amiga e seus dois filhos até que ela se estabilize. Todas as ressalvas de Gareth em relação a Polly aparentemente são por ela ter causado o afastamento dele de seu amigo Christos, marido de Polly.
Cuco é um thriller que aborda o tema que mais me interessa e me perturba: o psicológico humano. Devido a isso, o livro mexe intensamente com o leitor que não consegue largar o livro por mais que os personagens comecem a irritar com suas atitudes no mínimo, incompreensíveis - beirando até o inaceitável.
Quando Polly chega na casa de Rose, já é fácil perceber a que ela veio e como ela é muito menos do que Rose a descreve para defendê-la da implicância do marido que só de ouvir falar do nome dela já se irrita profundamente.
As personagens infantis Anna e Flossie, filhas de Rose e Yannis e Nico, filhos de Polly trazem uma certa leveza e realidade para alguns momentos, mas não deixam o livro menos denso por isso. Por exemplo, a maturidade de Anna com algumas situações, chega a tornar as decisões de Rose ainda mais dramáticas, por outro lado os meninos, com suas personalidades hostis refletem todo o impacto que a influência materna trouxe para a vida deles. Sim, Polly não consegue nem ser uma boa mãe para os seus filhos e chegou a me fazer chorar de raiva, afinal sou coruja ao extremo.
Eu li alguns comentários de pessoas que leram pelo twitter, facebook e skoob que não gostaram do livro, achando que o final deixou a desejar, mas eu achei o desfecho intrigante, complexo e sufocante. Não foi o final esperado por mim, mas foi um final satisfatório pra estória, que faz você repassar todos os acontecimentos mentalmente e entender toda essa influência que a sádica Polly tem na Rose desde o dia que se conheceram. Seria ótima uma continuação pra preencher algumas lacunas pois fica um gancho perfeito para isso na última cena, além de explorar mais personagens secundários como Simon e Kate, mas o final me deixou plenamente satisfeita.
Cuco é um livro que mesmo com uma temática densa tem uma narrativa em terceira pessoa que flui rápido, além de ter uma diagramação muito boa com fontes grandes e páginas amarelas que tornam a leitura muito confortável. O tema, porém, é complexo pois explora o psicológico e pode não se tornar uma leitura interessante para pessoas que não gostam desse tipo de trama. Um livro para perturbar o seu sono e te fazer repensar nas relações familiares de forma mais critica e protetora, afinal precisamos zelar pelo que amamos. Recomendadíssimo.
Obs.: Não há muitas citações porque todas que me marcaram carregam algum spoiler, rs.
As personagens infantis Anna e Flossie, filhas de Rose e Yannis e Nico, filhos de Polly trazem uma certa leveza e realidade para alguns momentos, mas não deixam o livro menos denso por isso. Por exemplo, a maturidade de Anna com algumas situações, chega a tornar as decisões de Rose ainda mais dramáticas, por outro lado os meninos, com suas personalidades hostis refletem todo o impacto que a influência materna trouxe para a vida deles. Sim, Polly não consegue nem ser uma boa mãe para os seus filhos e chegou a me fazer chorar de raiva, afinal sou coruja ao extremo.
E então, ao tropeçar na raiz de uma árvore, teve a revelação de que ela, Anna, Flossie e Gareth simplesmente não tivera oportunidade de ficar sozinhos tempo suficiente desde a conclusão da casa para fazer a família se firmar com solidez. Construíram um muro impalpável e, ao que parece, ele tinha sido atravessado.A protagonista "boazinha" Rose, mostra todas as imperfeições que uma mulher que se deixa ser levada pelas suas emoções pode desenvolver e por isso vejo muito falando que ela tem dupla personalidade, só que o mundo está cheio de mulheres como ela, que precisam de uma válvula de escape quando a pressão aperta. Os personagens paralelos Simon, vizinho da família e Kate, médica de Rose, tentam de todas as formas alertá-la do perigo que ronda seu lar, mas ela se nega a afastar o mal do seu lar.
Página 282
Eu li alguns comentários de pessoas que leram pelo twitter, facebook e skoob que não gostaram do livro, achando que o final deixou a desejar, mas eu achei o desfecho intrigante, complexo e sufocante. Não foi o final esperado por mim, mas foi um final satisfatório pra estória, que faz você repassar todos os acontecimentos mentalmente e entender toda essa influência que a sádica Polly tem na Rose desde o dia que se conheceram. Seria ótima uma continuação pra preencher algumas lacunas pois fica um gancho perfeito para isso na última cena, além de explorar mais personagens secundários como Simon e Kate, mas o final me deixou plenamente satisfeita.
Cuco é um livro que mesmo com uma temática densa tem uma narrativa em terceira pessoa que flui rápido, além de ter uma diagramação muito boa com fontes grandes e páginas amarelas que tornam a leitura muito confortável. O tema, porém, é complexo pois explora o psicológico e pode não se tornar uma leitura interessante para pessoas que não gostam desse tipo de trama. Um livro para perturbar o seu sono e te fazer repensar nas relações familiares de forma mais critica e protetora, afinal precisamos zelar pelo que amamos. Recomendadíssimo.
Obs.: Não há muitas citações porque todas que me marcaram carregam algum spoiler, rs.
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