Resenha: Cósmico, de Frank Cottrell Boyce




Título: Cósmico
Autor(a): Frank Cottrell Boyce
Editora: Seguinte
Páginas: 336
Ano: 2012
Skoob | GoodReads
Compre: Buscapé | Submarino
Liam Digby é um garoto comum de doze anos. Um garoto comum de doze anos muito, muito, muito alto. E com um pouco de barba. Algumas pessoas até achavam que ele era um adulto. Cósmico é a incrível história de como Liam contou algumas mentirinhas, quase roubou um Porsche, visitou um parque de diversões e meio que acidentalmente foi parar no espaço.


Confesso que quando o livro foi lançado não dei muita atenção pra ele, mas em novembro senti muita vontade de ler algo mais leve e seguindo as dicas da Gleice do blog Murmúrios Pessoais, solicitei esse livro para editora após o da Cornelia Funke e preciso dizer que foi mais uma bela indicação dela. 

Menti sobre minha idade.
Eu meio que dei a impressão d ter mais ou menos trinta anos. Na verdade, é óbvio que tenho treze. Ou vou ter, depois que fizer aniversário.
Página 9
Em Cósmico conhecemos Liam Digby que seria um garoto normal de doze anos se não fossem a sua altura e sua barba precoce que o fazem ser facilmente confundido com um adulto o que faz com que ele se meta em várias confusões. Por ser aluno da turma avançada é um pouco mais inteligente em algumas coisas para sua idade (ou não) e isso o ajuda a se sair bem em várias situações como um suposto adulto.



Logo no início do livro somos introduzidos nos dilemas que cercam Liam entre o que ele é - uma criança - e entre o que vivem achando que ele seja - um adulto. Coisas boas e ruins acontecem durante essas confusões, já que quando somos crianças queremos excessivamente crescer e deixar de ser tratados com inferioridade, mas isso leva o pai dele a passar por maus bocados.

E assim que funcionam os pais. Se você desaparece, eles ficam preocupados e acham que pode estar morto. Quando encontram você, querem te matar.
Página 23

Confesso que nada do que eu imaginava esse livro foi. Lembro que quando foi lançado não me despertou muito interesse e por isso não li muitas resenhas sobre ele, posso arriscar dizer que foi tudo uma surpresa porque só li a contra capa quando o livro chegou e não tem nada muito revelador por lá, isso foi muito bom pra mim em partes já que eu esperava apenas uma história fofa sobre as aventuras de um garotinho e o livro é bem mais que isso.

Liam é aquele tipo de personagem que te leva a refletir sobre várias coisas e me fez como mãe ficar dividida por várias vezes me identificando com os "julgamentos" que ele faz dos adultos, de como eles lidam entre si e com as crianças. Ele nos leva a refletir por aí, quantas gafes a gente comete sem perceber depositado as nossas expectativas nos filhos sem saber se é o que eles querem e fiquei feliz porque é algo que vim refletindo ao longo do ano só que aqui foi de uma forma mais ampla.

Se por um lado essa carga emocional é positiva para alguns, pode ser negativa pra outros e tornar a leitura por vezes tediosa já que o livro é carregado de emoções e frases de efeito para refletir as relações de pais e filhos. Outra coisa que me incomodou na narrativa foi que alguns fatos foram explorados no decorrer da história, mas não foram tiveram um desfecho foram simplesmente "esquecidos" e como eu não gosto de ficar tirando as minhas conclusões, fiquei um pouco frustrada, se não fosse por essas duas razões sem dúvida eu daria cinco estrelas.

Descobri que ser pai é um esporte competitivo. Você precisa achar que seu filho é o melhor de todos. Você até mesmo deve tentar convencer os outros de que seu filho é o melhor de todos. Você tem que se orgulhar dele.
Página 108

A narrativa é toda em primeira pessoa pelo ponto de vista do doce Liam, mas não só o protagonista nos ensina muito sobre a infância e nos faz refletir o rumo que muitos pais querem que seus filhos sigam, mas também outras crianças que cruzam seu caminho diante de alguns imprevistos enfrentados e achei isso bacana porque não fica preso a um estereótipo de filho o que fez com que a leitura flua bem, já que no início achei que ficaríamos presos só no que Liam e encarei isso como algo que poderia me cansar, mas felizmente isso não aconteceu.
"Aqui é legal", disse Max, "porque só estamos nós. Ninguém nos obriga a vencer, sorrir, estudar ou ganhar dinheiro."
Página 306
Achei a diagramação muito bacana, a capa é linda toda metalizada e a fonte agradável para leitura. O texto é bem revisado sem erros que podem incomodar a leitura. Recomendo a leitura para pais e filhos, já que tem muitas coisas que merecem ser refletidas nessa história.

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Seguinte.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

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