Resenha: O filho do vento, de Kenneth Oppel




Título: O filho do vento
Trilogia: Matt Cruse - Livro 01
Autor(a): Kenneth Oppel
Editora: Prumo
Páginas: 438
Ano: 2011
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Matt Cruse sempre adorou voar, a sensação de liberdade é tal que ele só se sente vivo quando os seus pés não tocam o solo. Acomodado no ninho de águia, ele fita o horizonte atento às tempestades e nuvens que podem se colocar na rota da majestosa Aurora, dirigível que cruza os céus com exuberância. Entretanto, a natureza não é a única a oferecer perigo à imponente aeronave. Piratas rondam os céus em busca de presas e ameaçam a vida dos tripulantes do dirigível. O Aurora ruma para a maior aventura de sua história, e Matt terá de mostrar muito mais do que ousadia para levar essa bela aeronave a um porto seguro.


Steampunk não é meu 'gênero' literário favorito, mas é um que me encanta muito quando o livro e bem escrito. Me comprometi a ler mais livros com essa proposta depois de um que me encantou em 2013 e já tive uma decepção.

Em O filho do vento, o autor nos apresenta Matt Cruse - personagem que dá nome a trilogia - um jovem sonhador. Além de ser um dos mais dedicados membros da tripulação do dirigível Aurora, é também o maior admirador dele. Talvez a maior parte dessa admiração - ou veneração - se deve ao fato dele ser algo que o deixa sempre mais próximo de seu pai e a tristeza que ele sente quando não está voando.

Quando conhece Kate de Vries, uma jovem bem a frente do seu tempo, se vê confuso sobre o que ele acredita e o que ela acredita. Kate envolve Matt em suas confusões por ele se sentir atraído pelo misterioso aparecimento de seu avô um ano antes no caminho do Aurora, um encontro que deixou nele uma marca que ele é incapaz de negar.

- Por que você precisa voar tanto assim? - ela perguntou.
- Se eu não voar ela me pegará. - As palavras simplesmente brotaram.
- O que o pegará?
- A tristeza.
Página 240

Não foi um acaso a leitura desse primeiro volume da trilogia Matt Cruse, fiquei extremamente curiosa pelo livro depois que a Gleice do Murmúrios Pessoais foi arrebatada por ele. Claro que de tanto ela falar, acabei solicitando para a editora e me arrependi de ter adiado tanto a leitura depois que ele chegou em minhas mãos. Apesar de ter gostado muito da leitura, confesso que demorei a me apegar ao enredo no começo, mas quando isso aconteceu, devorei o restante do livro porque ficava ansiosa pelo que viria a seguir.

Kenneth Oppel, soube desenvolver muito bem os seus personagens, inclusive os piratas que surgem para atrapalhar um pouco a vida da tripulação. Como a história nos mostra diversos personagens que se encontram, achei que poderia fiar confuso em algum momento, mas o autor felizmente conduz tudo muito bem e, até as aventuras dos dois jovens que por vezes podem beirar o inacreditável, convencem o leitor.

O que diferencia pra mim esse livro dos demais steampunks que já li é a leveza que o autor passa para a história mesmo nas cenas em que é abordado algo sobre máquinas. Falo isso porque sei que isso é cansativo para muitos leitores quando embarcam nesse tipo de leitura, se esse é o seu caso, pode ficar tranquilo pois o autor saberá te envolver muito bem a ponto de você nem perceber.

Apesar de ter adorado o protagonista Matt, admito que Kate foi quem conquistou meu coração primeiro. Comecei a gostar mais da história a partir do momento em que ela cruza o caminho do Matt pelo simples fato de ela ser uma heroína comum pro seu tempo, uma garota que está cansada de ser vista apenas como delicada e feminina, cheia de vontade de demonstrar tudo que é capaz de fazer.

Eu gostei muito da parte gráfica interna do livro, mesmo não achando a capa tão bonita e não sendo 'fã' de páginas brancas. Pra mim, foi um daqueles livros que quando você inicia a leitura achando que pode não gostar muito, demora para se envolver e sem perceber, acaba viciado e quanto pensa em parar, já acabou de ler. As aventuras de Kate e Matt são algo que qualquer um gostaria de viver - claro, se você não considerar as partes perigosas da coisa toda, rs.

Livro mais do que recomendado, principalmente para quem ainda não leu nenhum steampunk e não tem um conceito já definido do gênero.

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Prumo.
 

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