Resenha: Como Viver Eternamente, de Sally Nicholls (@geracaobooks)




Título: Como Viver Eternamente
Autor(a): Sally Nicholls
Editora: Geração Editorial
Páginas: 230
Ano: 2008
Skoob | GoodReads
Compre: Buscapé
Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.

Quando fui em um encontro de blogueiros esse ano e o editor da Geração nos deu esse livro falando que todos os fãs de A culpa é das estrelas iriam amar esse livro, confesso que fiquei com receio por não ter tido uma experiência muito agradável com a protagonista dele e por isso, deixei ele de lado sem pretensão nenhuma de ler logo. E foi um grande erro.

Este é o meu livro, iniciado em 7 de janeiro e terminado em 12 de abril. É uma coletânea de listas, histórias, fotos, perguntas e fatos.
E também a minha história.
Página 12



Em Como viver eternamente, nos somos apresentados ao Sam que é um menino de 11 anos doce, inteligente... e tem leucemia. Mas não pense que esse livro vai falar sobre a morte ou dar detalhes tristes sobre como é viver com câncer, não ele mostra que podemos viver com intensidade sem questionar muito o dia de amanhã.

Junto com seu amigo Felix, que também tem câncer e não perde tempo se lamentando pela doença, eles partem em busca de realizar os últimos desejos de Sam sem se prender ao que pode ou não ser impossível. A amizade dos dois é tão pura e simples que me fez em vários momentos querer de volta essa simplicidade da infância, aquela que inevitavelmente perdemos conforme vamos envelhecendo.

Outro aspecto que eu gostei muito foi  a família da Sam, sua mãe e seu pai parecem viver em eterno estado de culpa, enquanto a sua irmã mais nova Bella, simplesmente não consegue entender o porque de eles serem tratados de forma tão diferentes, como por exemplo, Sam ter o "privilégio" de estudar em casa e ela não. Conforme a história avança e alguns conflitos surgem, mesmo que tratados sem muita complexidade, afinal o narrador é o próprio Sam, é possível sentir a tensão e a fragilidade dessa família nessa incerteza sobre os últimos dias de Sam.

Bella e mamãe sempre brigam. E Bella sempre diz que não é justo. Aposto que essa é a única razão para eu ganhar, porque não fico fazendo manha como ela.
Página 22

Por mais que eu reconheça que a história pode ser extremamente emocionante e que várias passagens mexeram comigo não só por eu ter um filho, mas com meu lado sentimental (sei que eu não choro em livros, mas não significa que meu coração já endureceu rs), ainda senti que poderiam ter mais coisas abordadas aqui justamente pela narrativa em primeira pessoa pelo ponto de vista de Sam ser tão leve e envolvente. 

Como viver eternamente é daqueles livros que cumprem bem o seu papel de entreter sem carregar o leitor com informações técnicas demais e por isso emociona, mas comigo que não sou daquelas pessoas que choram copiosamente durante cenas de perda e tristeza, fica um sentimento de faltou algo aqui e ali. Nada que atrapalhe a leitura ou desmereça a beleza do livro, mas que quando me faz parar para refletir sobre o que li, deixa uma sensação indesejável mesmo.

Deus é como um grande médico. Faz as pessoas ficarem doentes só para depois fazê-las melhorar - do mesmo jeito que os médicos dão quimioterapia às pessoas para fazê-las melhorar. Não importa para Deus se você morrer, porque você acaba indo para o Céu, que é onde Ele vive, de qualquer maneira.
Página 53

Recomendo principalmente aos que não gostaram de outros livros que tratem sobre câncer, porque a história do Sam vai muito além disso. Sam quer viver todos os seus dias de forma intensa, como se o dia atual fosse último, sem pensar no que pode acontecer no futuro pelo simples fato de saber que o seu futuro é incerto. E sem dúvida, isso vai mexer com você.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

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