Resenha: O sonho de Eva





Título: O sonho de Eva
Autor(a): Chico Anes
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581630069
Ano: 2012
Número de páginas: 296
Dra Eva Abelar, autoridade mundial em sonhos lúcidos, é informada de que seu filho, Joachim, uma criança autista, desaparece na mesma noite em que sua irmã, Anna, pula do 20º andar de um edifício em São Paulo. Anna era a principal cientista do projeto DreamGame, invento revolucionário que permite à pessoa jogar enquanto dorme.Eva é convidada por Yume a assumir o lugar da irmã e, à procura de respostas, se envolve em uma trama perigosa, que alcança os limites dos desejos inconscientes do homem.
Enquanto usa seus conhecimentos para desvendar a morte de Anna e reencontrar Joachim, Eva descobre o quanto a sociedade está vulnerável à tecnologia e aos estímulos subliminares, e como esses estímulos podem sequestrar a liberdade e extinguir o livre-arbítrio.
Minha Opinião
Esse livro foi cedido gentilmente pela Editora Novo Conceito.
Comecei a ler esse livro uma semana antes de começar a Bienal de SP porque eu iria conhecer o autor pessoalmente e como me arrependi... de não ter lido antes.

O livro nos trás a estória de Dra. Eva Abelar, psicóloga e especialista em sonhos lúcidos - técnica de "acordar" durante os sonhos e dominar o que acontece neles - que durante uma palestra que está aplicando no exterior recebe a notícia de duas grandes perdas: o misterioso suicídio de sua irmã Anna e o desaparecimento do seu querido filho Joachim. Nesse momento, conta com o apoio de Alec, um ex-namorado e grande amigo, que procura apoiá-la para superar os acontecimentos e ter forças para encontrar seu filho.
- Você falou que Anna estava trabalhando em jogos dentro de sonhos, certo? Pois bem, os informes do Web Bot, segundo Zed, dizem que uma organização criminosa encontrará uma maneira de roubar os sonhos para controlar governos e pessoas.
(Página 27)
Zed é um paciente de Alec, que acredita e vive em busca de teorias conspiratórias e se torna uma grande chave na busca de Eva pela descoberta sobre o que aconteceu com sua irmã. Em meio a essas suspeitas teorias sobre os sonhos, ela aceita substituir Anna no projeto do DreamGame e investigar o que a empresa Yume pretende com esse jogo, capaz de permitir entretenimento enquanto as pessoas dormem através de jogos dentro dos sonhos. A equipe que  a ajuda no trabalho do jogo perfeito dentro dos sonhos, são de pessoas totalmente inesperadas e imprevisíveis, mas que são essenciais para todas as descobertas que ela fará a respeito do projeto em instalações no mínimo incomuns, para um projeto de tão grande porte.
Sonhos lúcidos: Duas palavras bem diferentes para estarem juntas.
(Página 107)
A narrativa do autor é em maior parte em terceira pessoa como já esperado na maioria dos suspenses em que envolvem vários tramas que se desenrolam ao mesmo tempo, mas tem também momentos em que a protagonista Eva descreve algumas sensações dela e nos permitem uma aproximação maior sobre seus sentimentos, o que permite ao leitor se envolver mais com o drama dela, que ao contrário do que pensamos no início do livro, vai muito além dos fatos atuais que ela está enfrentando e durante alguns momentos do livro entendemos mais do jeito de Eva e as escolhas que ela fez no passado, como por exemplo, terminar seu namoro com Alec, mesmo o amando muito.
- Naquela época, eu não entendi muito bem o conselho de mamãe. - prosseguiu Eva. - Na verdade, só fui entender no dia em que enfiei a tira de teste de gravidez num copinhi de urina e, cinco minutos depois, lá estava: completamente grávida! Grávida de um homem que, definitivamente, não preferia os vestidos.
(Página 133)
Mesmo que eu quisesse, seria impossível resumir o que senti ao ler esse livro em poucas palavras, até porque durante a leitura tive o prazer de saber mais sobre sonhos lúcidos em bate papos com o autor na Bienal de SP, o que me fez me envolver ainda mais com a leitura. A diagramação é super confortável para a leitura, os capítulos bem divididos e a sequência dos fatos viciante - os momentos em que tinha que parar de ler eram quase uma tortura para mim - para que o leitor termine o mais rápido possível.
Leitura mais do que recomendada a todos amantes de suspense, autores nacionais e, principalmente, de um bom livro. Que a Editora Novo Conceito permaneça apoiando os autores nacionais.
Se os sonhos não morrem, senhoritas, o que dirão aqueles que podem controlá-los, hein?(Página 279)

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