Resenha: Razão e Sensibilidade





Título: Razão e Sensibilidade
Autor(a): Jane Austen
Editora: Martin Claret
ISBN: 8572327592
Páginas: 298
Ano: 2009
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Este romance concentra sua narrativa nas idílicas tramas de amor e desilusão em que duas belas irmãs inglesas se envolvem - Elinor e Marianne Dashwood - quando chega a idade do casamento. À procura do amor verdadeiro, as filhas órfãs de uma família pertencente à pequena nobreza enfrentam o mundo repleto de interesses e intrigas da alta aristocracia. Marianne e Elinor representam polos opostos do universo ético de Austen - enquanto Marianne é romântica, musical e dada a rompantes de espontaneidade, Elinor é a encarnação da prudência e do decoro.

Esse é o segundo livro que leio desta maravilhosa autora Jane Austen, posso até dizer que ela se tornou uma das minhas escritoras favoritas, gosto muito do jeito que ela escreve e como ela descreve a sua época. Ela é brilhante em termos de demonstrar como eram os costumes, as tradições, a educação e a posição da mulher no século XVIII.
Neste livro, ela conta a história de duas irmãs e confidentes: Elinor e Marianne. As duas srtas. Dashwood são muito amigas embora seja impossível negar que tenham personalidades bem diferentes, praticamente opostas. Elinor é prática e racional, muitas vezes passa por cima dos próprios sentimentos pelo bem geral. Já Marianne é a personificação das emoções, vive intensamente e muitas vezes não consegue conter os impulsos ou sua sensibilidade. Elas vivem felizes com a mãe a irmã mais nova Margaret, mas a vida delas muda após a morte do pai. Dependentes da generosidade do meio irmão mais velho Edward, fruto do primeiro casamento de seu pai, elas são obrigadas a se mudarem para um chalé em Barton.
... Elinor, a filha mais velha, cujo conselho foi tão eficiente, possuía uma força de entendimento e uma frieza de julgamento que a qualificavam...
As habilidades de Marianne eram, sob muitos aspectos, bastante semelhantes a de Elinor. Era sensível e inteligente, suas alegrias não tinham limites. Era generosa, agradável, interessante:era tudo, menos prudente. A semelhança entre ela e a mãe era impressionantíssima. 

Página 18
Lá vivem emoções nunca antes imaginadas com o aparecimento de novos personagens e o reaparecimento de antigos na história. Dentre eles temos o sr. Edward, irmão da cunhada de Elinor que nutre por ela algo mais do que uma forte amizade mas devido a sua situação familiar e comprometimento prematuro se vê obrigado a sufocar esse sentimento. Quanto a Marianne o destino reserva algo ainda mais complexo mas não menos especial. Ao conhecer o sr. Willoughby a jovem sensível acredita ter encontrado o homem de sua vida e como a recíproca a “verdadeira”, vive dias felizes ao lado do amado. O problema é que reviravoltas mais tarde esclarecidas fazem com que toda a alegria de Marianne a leve a uma tristeza sem precedentes e ao mesmo tempo faça com que ela amadureça para encontrar a verdadeira felicidade. No meio disso temos outros personagens não menos importantes como o coronel Brandon, a sra. Jennings, srta. Lucy Steele entre outros que no início parecem secundários mas acrescentam a história romance, suspense e até mesmo humor. Todas as reviravoltas da história leva o leitor a reflexão e no final passam uma mensagem sutil, mas muito útil para quem percebe.

É um livro que nos mostra muito da cultura dos ingleses, em outro século, mas se você está esperando um livro cheio de romances, suspense e heróis (como eu quando comecei a ler), não se engane, são poucas as partes que demonstram isso. Claro que tem romance, mas é muito sufocado, não consegui me emocionar. Mesmo sendo um livro que tem como tema central os relacionamentos HOMEM x MULHER, não se lê um único beijo (eu que adoro essas partes fiquei decepcionada), pra falar a verdade os personagens mal se tocam - nem seguram nas suas mãos. 

Mas tudo isso não tira a essência e a genialidade da obra da autora. Não é um livro todo ruim, mas não tive aquele prazer em ler. Eu recomendo, e apesar de ter demorado um pouco em terminar de ler, não é um livro chato e nem cansativo, demorei apenas por conta do vocabulário, que é antigo e tem algumas palavras que precisei recorrer a um dicionário. Mas vale a pena ler.  

A edição que li, foi o da editora Martin Claret, eu comprei ele porque a sua capa foi a que mais gostei (tem várias outras edições de outras editoras, mas que as capas não me agradaram tanto), a diagramação eu achei boa, mas achei as letras um pouco pequenas, bem simples, o que faz com que eu demore um pouco  mais para ler. As páginas são simples, com poucos espaços entre os capítulos e sem nenhum desenho. 

   

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