Título: Agnus Dei - A Idade do Sangue
Autor(a): Ju Costa
Editora: Independente
ISBN: 9788591289905
Páginas: 350
Ano: 2012
Skoob
Em A Idade do Sangue, podemos acompanhar a jornada de vampiros antigos, monstros sedutores. A jornada de recém transformados, como nossa personagem principal - que de forma alguma se encaixa no papel de heroína - e das pessoas que convivem com tais seres. Trazendo a tona uma lente psicológica e com um nível maravilhoso de verossimilhança a uma série de acontecimentos, que são nada além de naturais, se você considerar possível a existência do fantástico e do maravilhoso. Partindo dessa nova premissa - passando por uma filosofia Dostoévicista e bebendo de fontes profundas como a literatura de Saramago e jovens como J. K. Rowling - Ju Costa constrói um livro mais cativante e inspirador a cada página e deixa um gostinho ferroso de quero mais ao final de cada capítulo.
Este livro foi cedido para resenha pela autora.
Agnus Day - A Idade de Sangue é um livro bem intrigante de se ler, confesso que demorei um pouco para ler e poder entender a história ao total, mas no final pude concluir que é um excelente livro nacional que fala do sobrenatural e de muitas criaturas místicas.
O livro retrata o mundo onde os seres humanos interagem com os seres sobrenaturais, como os "vampiros". E existem organizações que são responsáveis por proteger os seres humanos das criaturas que causam pânico e matam os humanos. E as que mais se destacam neste ramo, é a Aset e a Agnus Dei, ambas são fortes concorrentes e rivais.
Thereza ficou em silêncio em seu escritório, com Maasi sentado em sua escrivaninha, mexendo nas próprias unhas, enquanto ela pensava que tinha algo de muito errado naquela história.A Aset está passando por uma crise, que está deixando a líder Thereza sem saída, onde só existem duas formas de escolher o próximo líder da organização: quando é passada pelo líder atual à outra pessoa (que foi o caso dela) e quando uma reencarnação de um fundador é encontrada. Tudo dá errado quando Thereza manda Maasi – um vampiro ligado a ela por um pacto de sangue, e que supostamente a odeia – seguir Julie (que é uma reencarnação) que, após quase ser morta, é salva e transformada em vampira por Maasi.
Página 211
O que gostei dos personagens é que as mulheres - Julie e Thereza - tem personalidades bem fortes e não são aquelas mocinhas chatas, sem graça e que só viram "heróinas" no final do livro. No caso do personagem masculino, até porque foi o único que me chamou a atenção mesmo foi o Maasi (mas também gostei muito do Arthur), ele é ao mesmo tempo o vilão/mocinho. Eu gostei e odiei ele ao mesmo tempo, descrevo ele como debochado, sarcástico e impulsivo. Os personagens são bem construído e bem arquitetados, não deixando nada a desejar pois todos são bem apresentados e com um histórico de vida no livro, que nos mostra o lado bom e ruim do personagem.
O livro nos traz muito mais de intriga do que posso dizer, o que nos deixa com mais vontade de saber o que irá acontecer no final (ainda bem que tem continuação esse livro), mas só lendo mesmo para desvendar quase todos os mistérios que este livro nos reserva.
– Eu acho – começou ele – e sou muito velho, então minha opinião deve ser levada em consideração, que na vida você deve escolher uma pessoa em quem confiar. Uma única pessoa. E deve confiar nela cegamente. E pronto.Esse é um dos quotes que mais gostei de ler, porque expressa muito sobre o que conta a história do livro: a arte de confiar, e que nos deixa aquela famosa pergunta: em quem você confia? Mas essa pessoa realmente é confiável?
– E o que acontece se ela te trair?
– Você a mata e arranja outra pessoa para confiar.
Eu adorei a narrativa da Ju, bem simples e atrativa, ela soube desenvolver uma história bem criativa, sem clichês e sem ser entediante, é literalmente um turbilhão de problemas e revelações. A capa do livro eu achei linda e muito sombria, apesar desta edição de ser do autor, eu achei poucos erros ortográficos, com páginas brancas e diagramação ótima, não tive do que reclamar. Todos os capítulos são introduzidos por alguma citação (algumas até de livros e filmes) e eu as considerei muito boas e bem escolhidas. Ao mudar algumas páginas, vemos algumas ilustrações, achei bem legal isto também, fica diferente. Inclusive achei a capa do livro independente melhor do que a capa do livro que foi recentemente lançado pela Editora Grimório.
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