Resenha: A cidade sombria




Título: A cidade sombria
Autor(a): Catherine Fisher
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528616880
Páginas: 336
Ano: 2013
Skoob | GoodReads
A única esperança para Anara, um mundo às portas da total devastação, reside em um mestre, seu aprendiz e nas antigas e ilegais relíquias com poderes misteriosos que eles colecionam. Ao saírem à procura de uma relíquia secreta com grande poder escondida há séculos, Raffi e Galen serão caçados, espionados e testados além dos seus limites, pois existem monstros — alguns deles humanos, outros não — que também desejam o poder desta relíquia até consegui-la.

A prévia desse livro foi cedida para resenha pela Editora Bertrand Brasil.
Quando a prévia do livro chegou pra mim, não sabia o que esperar e isso me fez ficar ansiosa pela leitura, e ele furou a fila. Ainda bem que foi uma surpresa boa e uma leitura muito proveitosa.

A história se passa em Anara, um mundo totalmente em ruínas desde a queda dos Criadores que seriam os deuses do lugar que foram derrotados pelos Vigias, seus inimigos que pregam entre os seus que todo os poderes mágicos deles são apenas lendas. Da antiga Ordem dos Guardiões, uma espécie de sociedade de dominadores de magia e que agora foi dissolvida, e aparentemente, só restou Gallen, um mestre das relíquias, e seu aprendiz Raffi, que vivem sempre se escondendo para encontrar outras relíquias e outros membros da Ordem que podem ter sobrevivido após o sumiço dos criadores e resistido a intensa perseguição dos Vigias. Quando Gallen é chamado para controlar uma relíquia encontrada em um vilarejo próximo do seu esconderijo, percebe que caiu em uma armadilha do maldoso Alberic, o que acaba lhe custando uma de suas relíquias e o faz partir na caçada de um dos inimigos dele, um Sekoi que roubou todo seu ouro para tê-la de volta.

Página 11
Quando Raffi e Gallen partem rumo a sombria cidade de Tasceron em busca do Sekoi, seu caminho se cruza com o de Carys, uma jovem que foi criada e treinada pelos Vigias para ser uma espiã e está em missão para capiturar o guardião. A jovem logo finge se aliar a eles quando percebe que algo na jornada deles está estranho para ganhar a confiança dos dois e conquistar uma recompensa ainda maior se conseguir algo além de Gallen, nessa jornada já que Tasceron era o antigo lar dos criadores e ela desconfia que Gallen vai encontrar algo além do Sekoi naquelas terras.
Sinto muito por arrastá-lo para mais perigos. Mas vou precisar de você.
Raffi deu de ombros.
- Fiz uma promessa. Ir aonde você for. Quer seja luz ou escuridão, lembra?
Página 62
Gosto bastante de histórias com magia, ainda mais quando o ato de crer, ter fé em si mesmo faz parte da trama. Não pense que o livro fala de religiosidade, mas sim da fé naquilo que se busca pois Gallen tem apenas a fé para manter sua sanidade depois de ter sofrido um grave acidente, mas isso não faz dele menos rude com seu aprendiz, Raffi que ao contrário dele, é muito inseguro de sua capacidade em dominar a magia e controlar as relíquias que são objetos cheios de magia que se não são bem utilizados podem causar diversos danos em quem as usa.
O que sabe o guardião?
Os segredos do mundo.
Com quem fala o guardião?
Com a Deusa e os Criadores.
O que teme o guardião?
Somente a falta de esperança.
Litania dos Criadores
Página 165
Carys é uma jovem orfã esperta e corajosa, afinal sem essas qualidades seria impossível viajar sozinha a procura dos dois, o que é um diferencial e tanto na história porque normalmente seria um homem a desempenhar essa busca e ela está determinada a mostrar pro seu líder toda sua capacidade. O que Carys não esperava era ter de presenciar demonstrações dos poderes do Guardião e seu aprendiz durante a viagem, em todo seu treinamento com os vigias, fora orientada que eles não teriam nenhum poder e que apenas criavam ilusões. Carys precisa resistir a tudo que encontra que possa fazê-la se desviar de sua missão e tentar manter a mente sã para prosseguir.
É util lembrar-se de que os poderes que a Ordem alega ter são simples ilusões.
Mandamento dos Vigias
Página 47
Tasceron é uma cidade totalmente em ruínas, com criaturas estranhas, nunca aparece a luz do sol. A autora cria uma atmosfera totalmente assustadora para a cidade de uma maneira que o leitor fica totalmente absorvido pela história e tenso para saber o que virá a cada esquina, isso deixa história tão viciante que a partir daqui pra mim foi impossível largar o livro até terminar.

Com uma narrativa dividida em terceira pessoa quando conta a trajetória de Raffi e Gallen e em primeira pessoa, em forma do diário de bordo de Carys. É uma história totalmente original que não tem nada parecido com algo de fantasia que eu já tenha lido um dia, gostei muito da história da criação do mundo e das frases no início de cada capítulo que vão nos situando ao que pensam os Vigias e Guardiões. Catherine soube trazer um acontecimento atrás do outro durante o livro sem deixar o livro com um ritmo acelerado e introduziu muito bem o leitor nesse primeiro livro da série, me deixando totalmente ansiosa pelo próximo livro que tem previsão de ser lançado em janeiro de 2014 pela editora. 



Como a edição recebida é uma prova, a única coisa que posso adiantar é que provavelmente segue o padrão das publicações com a fonte bem confortável e detalhes internos nas cinco divisões da história e a cada início de capítulo. Recomendo a leitura para quem gosta de fantasia e personagens que crescem de acordo com os acontecimentos, já que a trama surpreende a cada página.

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui sua opinião, me ajuda a melhorar o blog :)
Mas não se esqueça de ser educado. Comentários que contenham ofensas serão imediatamente excluídos.