Resenha: Espero Alguém

Título: Espero Alguém
Autor(a): Carpinejar
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 9788528616941
Páginas: 336
Ano: 2013
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Com "Espero alguém", Carpinejar, mais maduro, tanto profissional quanto emocionalmente, apresenta crônicas escritas após um período difícil de sua vida: o abandono pela mulher amada. Com textos emocionantes, sinceros e, também, engraçados, o autor comprova que ninguém esta preparado para uma separação.

"Espero alguém" trabalha as duas separações do autor. Começa triste e, ao longo das paginas, o ânimo vai melhorando. No final, o alívio. As crônicas tratam da retomada – a superação do luto – provando que tudo passa. Um novo amor é quase uma certeza. E, se você não amar esse amor mais do que amou o que veio antes, provavelmente amará mais a si mesmo.

Carpinejar mostra também as contradições do relacionamento: o que cada um precisa e pode fazer pelo outro. A importância da sedução mútua e a convivência com as críticas. Além disso, dá conselhos, como: “não fale mal até vinte dias após o termino. Se reatar, você estará desacreditado.” “Estou solteiro de novo. Ela se separou de mim, eu não me separei dela. E o pior que sou escritor, trabalho em casa. Não conto com um escritório para fugir e mudar de assunto.

Identifico sua falta a todo instante. Meu coração é um cativeiro.” (Carpinejar)

Apesar de adorar crônicas, ultimamente tenho negligenciado a leitura delas e sem dúvida Espero Alguém foi uma bela maneira de me redimir, tanto que acabei lendo duas vezes antes de escrever essa resenha, rs. A escrita de Carpinejar me toca não é de hoje, sempre li um texto aqui e outro ali, mas nunca tinha parado para ler um livro repleto de suas crônicas mesmo sabendo da quantidade enorme de livros que ele publica.

Espero alguém que ponha bilhetinhos dentro daqueles livros que vou ler até o fim.

Página 13

Espero Alguém é dividido em sete partes, cada uma com um subtema abordado sobre as mais variadas formas de amor, sentimento e relacionamento. As que mais me tocaram foram as sobre encontrar a pessoa amada, separação e sobre maternidade claro, mas teve também algumas sobre amigos e irmãos que me divertiram e em ambas as vezes que li a leitura foi rápida e nem um pouco cansativa já que o autor consegue muito bem envolver e cativar seu leitor tanto sendo romântico, quanto sendo cômico em relação ao amor e seus sentimentos. Sua escrita é fácil de encantar, a gente lê como se fosse algo que estivéssemos realmente pensando em dizer e mesmo assim é doce e poética quando o tema lhe permite.

Todo mundo que sofre por um amor perdido tem dupla personalidade.

Página 24

O amor é se despertencer. É sentir para passar adiante, não é sentir para ficar com aquilo. É não suportar sentir mais sozinho. Eu me desacostumei com a minha solidão.

Página 65

Me identifiquei em vários textos, sentia a cada virada de página como se o autor conhecesse um pouco de mim e isso é o que sempre me faz ficar encantada com crônicas porque além de te trazer ideias novas. Além disso seus textos, também te mostram que as suas antigas ideias, suas formas de pensar, etc. podem nitidamente serem vivenciadas em outros corpos, mesmo que não sejam absolutamente igual em tudo que você idealiza.

Ser educado sem perguntar é falta de educação.

Página  245

A diagramação do livro é muito boa, assim como em todos os livros da Bertrand Brasil, com fonte  e espaçamento confortável para leitura, além da qualidade do papel e sem erros na ortografia. Enfim, faz jus ao conteúdo dos textos do autor e acabou se tornando um livro de cabeceira pra mim, sempre pego nele para ler alguma passagem e me fez ter vontade de ler mais obras dele.  

Somos algozes da felicidade e, ao mesmo tempo, vítimas da infelicidade.

Página 293

Atualmente o autor tem uma coluna no jornal Zero Hora, onde semanalmente pulica uma crônica de sua autoria que podem ser lidas neste link. Livro mais do que recomendado para relaxar entre um livro de ação e outro, afinal nada melhor do ler sobre as várias formas de amor e o cotidiano engraçado ou não que todos vivemos.

Esse livro foi cedido para resenha pela Editora Bertrand Brasil.