E depois de 9 meses...


Eu poderia falar só da parte técnica do blog ter ficado desatualizado - leia-se parado mesmo - e as redes sociais também. Falar de como eu ia ficar 15 dias e acabei ficando dois meses sem o serviço de internet e quando o sinal voltou, veio um raio que levou o meu roteador e o meu modem embora. E que antes desse desastre todo, eu já estava sem celular, que isso influencia diretamente no acúmulo de e-mails já que eu lia e-mail na rua mesmo, raramente em casa, só quando era necessária uma resposta mais elaborada, um anexo, etc. e que o celular era o que me mantinha no twitter e no instagram, já que também era mais fora de casa que eu interagia nessas redes e que elas geravam parte do conteúdo da página do facebook. Fora o problema com o domínio .com, o estresse por ter perdido ele e a felicidade de ter comprado o .com.br que eu já queria um tempo antes do problema. E, por fim, o layout que eu queria trocar e não tinha tempo $$$ de fazer e já tinha me deixado desanimada.

Só que a "pausa" forçada do blog foi bem mais que isso, eu já queria mudar o formato dele gradualmente e cheguei até a cancelar algumas parcerias - outras a ausência de postagens tratou de cancelar - para que isso pudesse acontecer, mas a minha vida andou um tanto bagunçada e eu não conseguia tirar todas as minhas ideias do papel já que eu tinha n outras coisas que precisavam ser resolvidas para ontem, algumas delas relacionadas a minha saúde que me deu um puxão de orelha significativo no ano passado.

Reprodução/Blog

Resumindo um pouco, o meu caos particular foi por eu ter acreditado durante alguns anos que poderia controlar todas as situações da minha vida. Pois é, já fui uma dessas pessoas que acredita estar pronta para qualquer adversidade da vida e que nada poderia me parar, só eu mesma. Acreditei durante anos que nada poderia me derrubar de novo, afinal o que poderia ser pior do que um quadro depressivo após o nascimento do seu primeiro e único filho? Eu sempre tive certeza que só a perda dele ou do maridão superariam isso. Óbvio que eu estava errada e quebrei a cara. Não tenho controle de nada, essa sensação foi uma ilusão que eu mesma criei para me proteger, talvez por mera e idiota insegurança ou porque não dizer, um medo de mostrar a todos que por mais durona que eu aparente ser em alguns momento eu também quebro, eu desabo e preciso de colo, apesar de quase sempre preferir ser o colo alheio.

Prova do meu engano é que Arthur no auge dos seus 9 anos, tem pensamentos simples sobre a vida que vem me ensinando que não preciso complicar tanto as coisas que eu mesmo sem querer complico. E ele faz isso com um carinho ou uma 'bronca' na hora certa, mas na maioria das vezes, só o fato dele e do marido estarem lá já melhora tudo.

Eu tô falando essa baboseira toda, para que talvez, quem se interessou em ler esse texto todo e que provavelmente me mandou e-mail/mensagem no whatsapp/sinal de fumaça/etc. nos últimos meses, entenda como andou a minha cabeça nos últimos 18 meses. Sim, o blog ficou parado por 9 meses, mas eu passei alguns meses problemáticos e confusos antes disso. Enquanto eu tinha essas coisas demais para pensar, tinha vontade de menos de partilhar esse lado mimimi, só que tudo que eu escrevia/falava tinha um pouco desse meu momento, por isso mesmo após todo aquele caos técnico ter passado, acabei me afastando da maioria das pessoas (algumas partiram por vontade própria também quando eu realmente precisei delas) e das redes sociais por um longo tempo. Depois veio a fase de voltar ou não a postar, do se ainda seria válido voltar. Eu amo esse espaço desde a primeira postagem, esse não foi o primeiro blog que eu criei, mas foi o primeiro que eu sempre quis manter, por tudo de bom que ele trouxe para a minha vida pessoal, pelas pessoas maravilhosas que conheci através dele e por na hora que eu amei ou detestei um livro nos últimos três anos - e outras coisas - tive alguém para falar sobre isso que iria ou não concordar comigo.

A parte mais difícil foi encontrar as palavras certas, só que depois que vieram as palavras precisei encontrar a coragem de postar já que passei meses com esse texto pronto lendo e relendo ele sem ter a certeza se realmente ainda teria alguém aqui para ler. Enfim, culpa do tempo que fiquei pensando se deveria postar e quando deveria postar.

O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros.
Confúcio
Tudo isso só para dizer que voltei, em um ritmo bem mais lento e que as postagens vão sair de acordo com o meu tempo disponível, mas voltei e quem quiser continuar acompanhando, só peço uma coisa: paciência.

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