Resenha: Tabuleiro dos deuses, de Richelle Mead




Título: Tabuleiro dos deuses
Autor(a): Richelle Mead
Editora: Paralela
Páginas: 424
Ano: 2014
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Justin March, um investigador de religiões charmoso e traiçoeiro, volta para a República da América do Norte Unida (RANU), após um misterioso exílio. Sua missão é encontrar os responsáveis por uma série de assassinatos relacionados com seitas clandestinas. Sua guarda-costas, Mae Koskinen, é linda, mas fatal. Membro da tropa de elite do exército, ela irá acompanhar e proteger Justin nessa caçada. Aos poucos, os dois descobrem que humanos são meras peças no tabuleiro de poderes inimagináveis.


Tudo o que se passa na minha cabeça é a pergunta ‘como é possível isso ter sido escrito pela mesma pessoa que escreveu Bloodlines?’ e a partir dessa dúvida começo meu breve relato sobre minha experiência não tão agradável assim com Tabuleiro dos deuses.

O mundo foi devastado por um vírus chamado Mefistófeles, metade da população mundial morreu, em meio ao caos a RANU conseguiu desenvolver uma vacina capaz de combater o vírus, o livro começa 50 anos após a descoberta da vacina. A RANU é formada pelo Canadá e partes pertencentes aos EUA, e é uma das partes mais desenvolvidas do mundo já que possui tecnologia de ponta, alta qualidade de vida para seus membros e diversas regras para manter o seu mundo em paz. Uma dessas regras é a limitação de cultos religiosos, eles são permitidos mas são constantemente supervisionados pelo governo e grande parte da população não acredita na existência de seres divinos.


A ignorância não é uma justificativa.
Página 125

Supervisionar igrejas era a função de Justin só que depois de passar por uma situação desagradável ele foi exilado do país e passou 4 anos no Panamá, agora foi convidado a voltar a RANU para ajudar na resolução de um mistério, para resolver esse mistério ele contará com a proteção de Mae, uma super soldada do governo *bem ao estilo Capitão América*. O que era para ser uma missão fácil acaba se complicando e mostrando que “talvez existam mesmo forças sobrenaturais no mundo que não podemos descartar”.

É o que as pessoas fazem: elas estão sempre tentando dominar umas as outras
Página 294

Uma coisa que durante a leitura percebi que foi muito focada é a questão da crença em deuses, Justin, Mae e todos os envolvidos ficam boa parte da história fugindo de algo que é mostrado o tempo inteiro que existe e o leitor não consegue entender o porque deles não acreditarem, não são apresentados bons argumentos para eles não acreditarem, só é mostrado que eles cresceram não acreditando naquilo porque é algo ruim, mas... te dizerem que não existe é o suficiente para você acreditar cegamente que aquilo não existe? Bom, para mim como ser humano pensante e ser humano leitor não é o suficiente.

Na busca por uma sociedade sem crenças Mead criou uma sociedade movida a crenças e para tamanha incoerência eu só vejo duas soluções, a primeira: ela é incrível, no segundo livro ela vai explicar tudo e o final da série vai ser fantástico, a segunda: ela pecou feio e esse vai ser a eterna vergonha dela, no momento estou tendendo a acreditar que a segunda solução é a que melhor se encaixa.

A coisa que mais me incomodou no começo da leitura foi não saber onde estava, a autora inicia a história de um ponto e durante o decorrer da narrativa vai situando o leitor ao novo mundo, isso é ousado e muitas vezes fica bom, mas nesse caso não funcionou. Os personagens não conseguiram me conquistar a que eu mais consegui simpatizar foi a Mae e não foi simpatia o suficiente para me fazer desejar ler o próximo livro.

Em suma, não consegui comprar o que a autora tenta vender em Tabuleiro dos Deuses e se eu não consigo comprar a história para mim ela não é boa, se você quer ler algo da Richelle comece com Bloodlines, ele tem spoilers de VA, mas é uma leitura incrível e vai fazer você se apaixonar por essa mulher.

A ficção não oferece perigo. Os seguidores dela sim.
Página 239

Sinto muito por decepcionar aqueles que esperavam uma resenha positiva e fico triste por ter me decepcionado tanto com a leitura, mas a vida é feita de situações assim, nem sempre é possível gostar de tudo.

Antes de ir recomendo que leiam o glossário antes de começar a obra em si, isso vai ajudar a se situar.

Alguém leu? Pretende ler? 

Beijos e até a próxima \õ.

Obs.: Esse post não é um publieditorial, mas compras efetuadas a partir de alguns dos links contidos aqui, geram renda para o blog.

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